Já chega. Chega de sentimentos engolidos, de amigos desamigos, de sorrisos falsos. Cansei. Chega de monotonia repetida, seja com idas, seja com vindas. Chega de fugir da verdade, de esconder saudade e fingir ser o que se quer. Chega. É hora de ser. Chega de tentar acertar quando errar é uma condição. Chega de tênis, guitarras e palcos. Chega de livros, poemas e contos. Chega. É hora de viver. Às vezes é preciso encaixar-se mesmo sendo um desencaixado. Às vezes é preciso fingir-se ponto sendo um quadrado.
Chega. Eu não vou me adaptar. Não, não quero nem tentar. Quero encontrar a pedra no meio do caminho e quem sabe à Drummond devolver. Quero acompanhar-te até o fim da estrada e sua mão soltar, dizendo cresça. É preciso crescer. Chega. Chega de maquiagens, de vergonhas. Não é hora da anulação. Não há perdão, Não há mais nada. É hora de acreditar que isso é verdade, mesmo sendo uma verdade extremamente e voluntariamente forjada.
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