sábado, 13 de março de 2010

É hora

Já chega. Chega de sentimentos engolidos, de amigos desamigos, de sorrisos falsos. Cansei. Chega de monotonia repetida, seja com idas, seja com vindas. Chega de fugir da verdade, de esconder saudade e fingir ser o que se quer. Chega. É hora de ser. Chega de tentar acertar quando errar é uma condição. Chega de tênis, guitarras e palcos. Chega de livros, poemas e contos. Chega. É hora de viver. Às vezes é preciso encaixar-se mesmo sendo um desencaixado. Às vezes é preciso fingir-se ponto sendo um quadrado.
Chega. Eu não vou me adaptar. Não, não quero nem tentar. Quero encontrar a pedra no meio do caminho e quem sabe à Drummond devolver. Quero acompanhar-te até o fim da estrada e sua mão soltar, dizendo cresça. É preciso crescer. Chega. Chega de maquiagens, de vergonhas. Não é hora da anulação. Não há perdão, Não há mais nada. É hora de acreditar que isso é verdade, mesmo sendo uma verdade extremamente e voluntariamente forjada.

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