terça-feira, 21 de setembro de 2010
Para não decolar
Bebo dos lábios dos poetas, jamais de suas fontes. Bebo de um gole secundário, filtrado é claro de todas as dores. Mantenho apenas o que penso ser bom. Mas bebo. Não evito a tentativa, evito apenas aquilo que imita toda falta de razão. Não gosto de perder o controle, me entedio fácil para trocar de canal. Não gosto de perder o chão por coisas que nem coisas são. Por coisas que nem base tem. Gosto sim de arriscar, mas não de me jogar. Pois como tenho asas, sempre as uso antes de cair. Cair disso eu não caio. Bebo dos lábios dos poetas, jamais de um gole claro. Um secundário filtrado. Mantenho dores. Mas bebo o que penso ser bom. Não evito aquilo que imita. Não gosto de perder, caio. Me entedio ao jogar. Chão que nem asa tem, base que nem coisas são. Bebo dos lábios dos poetas, jamais de suas fontes. Não gosto de me jogar. Disso eu não caio. Voo baixo o suficiente para não decolar. Caio. Bebo dos lábios dos poetas. Bebo de um gole secundário que imita a razão. Decolo antes de voar.Bebo dos lábios antes de cair. Caio. Caio para não decolar. Não gosto de perder o controle.
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Meu... É como um poema, só que com os versos juntos. Mas pouco importa a estrutura, o conteúdo é ótimo! Eu sei (acho) que adora escrever prosa.
ResponderExcluir=)